O governador Ronaldo Caiado (UB) reafirmou ao jornal Estado de S. Paulo a pré-candidatura à presidência da República em 2026 e destacou o trabalho em busca de apoio para o projeto nacional. “Claro que ninguém é candidato de si mesmo, faz-se uma convenção, um trabalho de aliança, visita aos estados, às lideranças, que já comecei a fazer. Se eu chegar dentro das condições que me deem a possibilidade de disputar, é lógico que trabalho para isso. Não nego”, destacou.
Ao lado de Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, Caiado tem sido frequentemente apontado como o líder político da direita capaz de aglutinar forças para enfrentar o Partido dos Trabalhadores (PT) em 2026. Diferente de Tarcísio, Caiado já está em segundo mandato, e tem a gestão mais bem avaliada do Brasil, com 86% de aprovação, segundo a pesquisa Genial/Quaest divulgada em abril deste ano.
Caiado criticou o atual momento da política brasileira, que classificou como “desordem institucional”, com focos de crise em várias frente. “Os Poderes são independentes e harmônicos. Falta diálogo, falta a liturgia do cargo, a responsabilidade de chamar as pessoas para construir um ponto de pacificação. Posso te dizer que nunca convivi com tamanha desordem institucional como vejo agora. Talvez, no período de cassação do Collor e da Dilma”, apontou.
Para Caiado, o modelo presidencialista hoje, em confronto e por vezes refém do legislativo, está fragilizado. “Sou respeitador da Constituição. Agora, precisamos saber: somos presidencialistas? Se é parlamentarista, vamos mudar o regime do País. O que não pode é viver numa situação híbrida como essa, que não se sabe quem decide”, questionou.
João Bosco Bittencourt – mais goias