Seca: Paraguai reduz impostos para ajudar produtores de soja
Produção de soja do 4º maior exportador mundial pode ter uma quebra de aproximadamente 30%
O governo paraguaio anunciou essa semana que irá ajudar seus produtores de soja, que enfrentam uma das piores estiagens dos últimos tempos. As medidas de apoio ao setor agrícola incluem redução de impostos e abertura de linhas de crédito para refinanciar dívidas por meio do banco estatal Banco Nacional de Fomento e outras agências estaduais.
De acordo com o presidente paraguaio, Mario Abdo, o objetivo é dar “alívio e previsibilidade” aos sojicultores do quarto maior exportador da oleaginosa do mundo, que antes da seca esperava colher uma safra de cerca de 10 milhões de toneladas de soja em 2021/22. O programa vai auxiliar cerca de 21 mil pequenos produtores já no primeiro trimestre.
O ministro da Agricultura e Pecuária paraguaio, Moisés Bertoni, indicou que “junto com os diversos sindicatos, UGP, Fecoprod, Associação dos Produtores de Soja, estamos monitorando o que acontece no campo com a soja, que é o nosso principal item de exportação. Estamos muito preocupados com os efeitos que isso [a estigem] está tendo no primeiro plantio de soja”.
“Por coincidência, na área que mais foi plantada, que é o sul do país, onde choveu cedo, é onde a estiagem tem maior efeito, seriam ambos na região de Itapúa, Colônias Unidas, que representam aproximadamente um terço de toda a produção de soja. Tudo isso, sem dúvida, representará uma queda no volume total (de produção) da soja e esperamos que seja menor, mas temos que nos preparar para esse cenário”, comentou ele ao jornal La Nación.
Com a seca, a produção de soja paraguaia pode ter uma quebra de aproximadamente 30%, caindo para apenas 7 milhões de toneladas com a seca. Entretanto, Bertoni afirmou que ainda é muito prematuro especular um número: “Acho que na próxima semana teremos uma boa ideia de quanto será a quebra. Por outro lado, temos de sublinhar que os preços de que falamos vão estimular o produtor a voltar a semear e assim mitigar a quebra da produção”.
Por: Agrolink –Leonardo Gottems