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Pedra Branca 48 anos: Plínio Carlos Kerber pioneiro do plantio de grãos

A Colônia da Pedra Branca, no município de Chapadão do Sul, está comemorando 48 anos da instalação das primeiras 64 famílias, vinda do sul do País, a maioria de descendências Alemães e Polonês, a reportagem do site, esteve na manhã dessa quarta-feira 26, na casa de Plínio Carlos Kerber, que foi o pioneiro no plantio de grãos no assentamento.  Plínio Kerber, relatou a sua história de como conseguiu realizar o plantio de Arroz.

 

Jornalista Adejair Morais e Plínio Carlos Kerber em sua residência

“Chegamos aqui em 1975, eu e minha família e outras 63 famílias, não tinha nada a não ser um forte cerrado. Para conseguir água, todos tinham que buscar no Rio Pedra Branca. Moramos por muito tempo debaixo de lonas e barracos improvisados, mas Deus nos deu a glória e aqueles que ficaram conseguiram vencer” afirma o produtor que hoje está aposentado.

Desafio de plantar

Plínio Kerber afirmou, que no mesmo ano em 75, no mês e novembro ele conseguiu plantar 30/hectares de arroz. (Plínio conta que o governo cedeu as terras com objetivos de as famílias plantarem arroz).

Ele conta que apesar da tormenta de chuva, que provocou um desastre na colônia e levar uma grande parte da área plantada, o resultado foi muito bom, colheu o suficiente para pagar as contas.

Com o resultado positivo, no ano seguinte 76, dobrou a área de plantio e buscou o financiamento junto ao BB na cidade de Paranaíba e o resultado foi de 30 sacas por hectare.

SOJA

Vindo de uma região onde eles plantavam soja, Plínio resolveu fazer um experimento e fez pequenos “canteiros” e mesmo sem calcário, usando apenas fosfato, que era mandado da Alemanha para eles, resolveu então no mês de janeiro fazer o experimento, que teve um resultado de 12 sacos por hectare.

Plínio, esposa e seus filho na primeira lavoura de soja

Este resultado, acendeu uma luz e o produtor que de imediato mandou fazer um analise da terra em São José do Rio Preto -SP, já que não havia laboratório em MS e com a instalação da agência do BB em Cassilândia, procurou na época o gerente Paulinho e comentou da sua intenção de plantar soja e que precisava de um empréstimo para plantar  hectares.

Conta Plínio Kerber, que o gerente olhou firmemente para ele e disse “o que é isso soja”. Ele então explicou para o gerente, que não disse nem sim e nem não.

Plínio não desistiu e após três visitas ao gerente, conseguiu um valor para plantar apenas 50 hectares. “Consegui o financiamento através de uma alçada de gerencia, a titulo de experiência e que em contrapartida eu teria que colher pelo menos 25 sacas”.

Utilizando as variedades IAC 2 (zebu do cerrado) e UFV1, Kerber fez o plantio em dois campos, onde conseguiu em média 27sacas por hectares, sendo que a IAC -27 sacas e a UFV1 -42 sacas.

Resultados esses que serviu de incentivos para que os demais, começassem o plantio da soja.

Em pouco tempo, outros proprietários de terra da região, deram inicio ao preparo do solo e iniciou o círculo da soja.

Visita do Ministro

O assentado escolhido para representar os demais no ato foi o produtor, até os dias atuais, Ivo Lauro Henrichsen, pai do atual presidente da Fundação Chapadão, Ilton Henrichsen.

As dificuldades que os moradores do assentamento enfrentavam era conseguir os fertilizantes, calcários, gesso, para a correção do solo.

A convite do colonizador de Chapadão do Sul, Júlio Alves Martins, o ministro Alysson Paolinelli, visitou o então Chapadão dos Gaúchos e numa reunião realizada em um Galpão da fazenda de Júlio, que teve além dos assentados da Pedra Branca e   ao lado de pilhas de sacas de arroz, que os gaúchos insistiam em cultivar na região, uma grande faixa colocada por Plínio Carlos Kerber, pedindo a liberação de financiamentos para comprar de corretivo do solo, chamou a atenção do Ministro  Paolinelli e durante o seu pronunciamento,  anunciou e determinou o financiamento de corretivos de solos para que o cultivo da soja, que teve resultados expressivos de rentabilidade de colheita  e posteriormente surgiu as Lavouras do milho, o algodão, a recuperação das pastagens e outras culturas forrageiras.

Além do anúncio feito em sua visita, na mesma oportunidade, entregou títulos de terras aos assentados do Projeto Pedra Branca.

 

Vejas as fotos do arquivo de Plínio :

Nesta foto, Plínio e a sua primeira casa construída na Pedra Branca
Lembranças de momentos em amigos, com a confraternização de festa de aniversário
Plínio e o filho André, no preparo do solo
Uma das grandes dificuldades dos assentados era as estradas em época de chuvas
Casal de amigos vistando a Lavoura de soja

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