Agropecuária

Fundação Chapadão discute manejo da cigarrinha do milho

A Fundação Chapadão promoveu um encontro na manhã desta terça-feira, 23 de agosto para discutir e debater formas de encontrar a melhor forma de manejar a cigarrinha do milho. A cada ano agrícola o inseto vem aumentando os prejuízos nas lavouras de milho, causados por molicutes.

Os molicutes são microrganismos patogênicos que sobrevivem apenas na cultura do milho e são disseminados, de planta em planta, pela alimentação da cigarrinha. A infecção com molicutes ocorre nos estágios inicias da cultura. Entretanto, os sintomas de enfezamento se apresentam no período de enchimento de grãos (Embrapa, 2017).

O inseto migra com grande facilidade e já atinge todos os estados brasileiros produtores do cereal, causando preocupação nos setores do agronegócio.

Neste ano agrícola que se encerra os prejuízos, principalmente no milho verão foram grandes e intensificou-se as discussões para se chegar a um consenso sobre técnicas agrícolas que permitam a sustentabilidade da importante cultura.

Na reunião realizada no centro de treinamento da Fundação Chapadão, palestraram o Engenheiro Agrônomo, Presidente do Sindicato Rural de Chapadão do Céu, Thomaz Peixoto e a nova Pesquisadora do Setor Entomologista e Plantas Daninhas, Engenheira Agrônoma da Fundação Chapadão, Drª Tatiane Lobak.

Os palestrantes relataram suas experiências com a cigarrinha do milho, no campo e nas pesquisas, opinaram sobre o manejo e após ampla discussão chegou-se à conclusão que não é aconselhável cultivar o milho verão (primeira safra). Deve-se haver um esforço em conjunto para erradicação de plantas voluntárias (tigueras) e o período de plantio e tratos culturais, principalmente as pulverizações do inseticida, devem ser realizadas em conjunto entre os produtores lindeiros.

 

A pesquisadora Tatiane lembrou da importância de se observar as boas práticas de pulverização, visando aproveitamento máximo dos inseticidas e a boa nutrição das plantas, para que suportem mais os efeitos do ataque da praga. “Plantas sadias suportam mais todas as doenças e consequentemente alcança-se maior produtividade”, lembrou a pesquisadora.

Outra sugestão apresentada é o envolvimento das autoridades sanitárias e entidades representativas dos produtores se debruçarem sobre o assunto e colaborarem com sugestões e regras para o cultivo do milho.

Foi informado durante o encontro que as empresas produtoras de sementes e de defensivos agrícolas intensificaram os trabalhos de pesquisas para o desenvolvimento de produtos e materiais que controlem, ou resistem à praga da cigarrinha e as doenças que surgem após o inseto sugar as plantas, os molicutes.

Foi sugerido que se crie um aplicativo, para difusão de técnicas e se utilize as redes sociais para criar grupos entre os produtores, técnicos, pesquisadores visando a integração para ações em conjunto e troca de experiências.

O Presidente da Fundação Chapadão, produtor e engenheiro agrônomo Ilton Henrichsen sugeriu que os produtores de milho devem seguir o exemplo dos cotonicultores, que se organizaram para o controle do bicudo e conseguiram sustentabilidade da cultura, com manejo adequado do inseto.

Nesta safra que se finda, a Fundação Chapadão realizou mais uma etapa de experimentos com mais de duas centenas de materiais de milho e técnicas de manejo da praga, utilizando inseticida químico, biológicos e associados, visando encontrar a melhor forma de convívio com a cigarrinha do milho sem inviabilizar a cultura. Os resultados dos experimentos foram apresentados em um dia de campo, realizado na Fundação Chapadão no dia 28 de junho deste ano.

Fonte:   Assessoria de imprensa Fundação Chapadão

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