Família é condenada a quase 70 anos de prisão por comandar organização criminosa de roubo e falsificação de defensivos agrícola

Uma família foi condenada a quase 70 anos de prisão por comandar uma organização criminosa de roubo e receptação de defensivos agrícolas em Goiás. Segundo a Polícia Civil, quatro empresários também foram condenados por participarem do esquema que agia em sete estados.

O nome dos condenados não foi divulgado pela Polícia Civil, por isso, o g1 não conseguiu localizar a defesa deles para que se posicionassem.

As investigações apontam que a organização criminosa causou um prejuízo de mais de R$ 1,5 milhão para empresas e fazendas. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Alexandre Bruno de Barros, estão presos, o casal, um filho, dois enteados e um dos empresários.

“Eles estão presos. O mais velho tem 64 anos, a esposa, 52, o filho tem 28 e dois enteados entre 35 e 36 anos. Também há empresários e gerentes comerciais que foram condenados no processo”, disse o delegado.

As investigações da Operação Piratas do Campo apontam que a família contratava pessoas para roubar as cargas de defensivos de grandes fazendas e de caminhões que transportavam os produtos.

Os policiais contaram que, depois do roubo, os caminhões eram levados para galpões em Goiás e Mato Grosso onde, com sofisticada aparelhagem da indústria química, os defensivos eram adulterados para aumentar a litragem original em 100 vezes.

Assim, o produto era falsificado e revendido com marca falsa de grandes indústrias. Várias lavouras de soja e milho foram destruídas por conta do produto falsificado e prejudicial ao meio ambiente.

Os integrantes foram condenados pelos crimes de organização criminosa, receptação, crime contra as relações de consumo, crime ambiental. Conforme a polícia, os suspeitos agiam em Goiás, São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais, Bahia, Pará e Tocantins.

Além da condenação, a Justiça também determinou a recuperação de vários bens pela Polícia Civil ao longo das três fases da operação, como: caminhões, carros e maquinários.

Fonte: G1