Commodities agrícolas têm baixas generalizadas, com soja e derivados caindo forte em Chicago nesta 2ª
O mercado da soja inicia a semana com baixas intensas na Bolsa de Chicago. Perto de 7h10 (horário de Brasília), as cotações perdiam entre 11,25 e 14,25 pontos nos contratos mais negociados, com o julho valendo US$ 11,65 e o novembro, referência para a safra americana, US$ 11,38 por bushel. Baixas intensas se dão ainda sobre os futuros do farelo e do óleo de soja, do milho e sobretudo do trigo, que tem mais de 2% da queda na CBOT, ajudando na pressão sobre a oleaginosa.
Em partes, as perdas que se dão entre os preços negociados em Chicago em função das condições adequadas de clima nos Estados Unidos. O último final de semana foi de poucas chuvas, pontuais, e com previsões indicando, todavia, que os próximos 10 dias deverão ser de precipitações pouco expressivas.
No entanto, “as áreas secas, com déficit hídrico ainda não tão expressivas no Meio Oeste americano, estão aumentando substancialmente, e as áreas úmidas, que eram maioria, estão sendo drasticamente reduzidas”, alerta o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.
Em outras partes do mundo, o clima também preocupa, como o sudoeste da Índia, o norte da China e a região do Mar Negro, todas estas sofrendo com o tempo seco.
Assim, embora as perspectivas de clima tragam alertas importantes, o mercado mantém-se ainda pressionado, diante de um cenário que, ao menos por enquanto, ainda não traz preocupações muito claras. Além disso, a segunda-feira se mostra com um pouco mais de aversão ao risco por parte dos investidores, com as commodities apresentando uma queda generalizadas, com os futuros das soft commodities – como açúcar e algodão – perdendo mais de 2%.
O ouro e o petróleo também trabalham do lado negativo da tabela, ao passo em que o dólar index sobe frente a uma série de outras moedas. De acordo com analistas internacionais, os mercados aguardam por novos dados da eocnomia norte-americana previstos para esta semana, bem como por novos comentários de autoridades do Federal Reserve sobre a taxa de juros americana.
Por:
Carla Mendes