Saúde

Bebê nasce empelicado e médico faz cócegas na barriga dele para acordá-lo

Após o pequeno Guilherme Auak vir ao mundo de forma única, empelicado e com direito a “cosquinhas” na barriga, o obstetra Rafael Leite Ferreira, responsável pelo parto, explicou ao g1 sobre a técnica utilizada. Um vídeo mostra o momento em que o médico “fez com que o menino acordasse”, após o nascimento (assista acima).

“O parto empelicado é um misto de cuidado, técnica e um pouco de emoção”, explicou.

As cosquinhas ou o ‘tapinha no bumbum são um estímulo para ele dar uma ‘acordada’ e respirar sozinho”, completou Rafael.

Guilherme nasceu na última sexta-feira (24), na Maternidade Doutor Adalberto. Segundo o médico Rafael Leite Ferreira, esse foi o terceiro parto empelicado realizado por ele, sendo o último feito nesta sexta-feira (31). Ele conta que as cosquinhas vistas no vídeo do parto que foi divulgado são uma forma de estímulo para que o bebê possa respirar sozinho após o nascimento.

“Quando rompe a bolsa e faz o estímulo, ele entra em contato com o meio externo, o ar entra pelos pulmões e ele tem o primeiro ato de respirar. Para que ele faça os movimentos respiratórios sozinho”, detalhou o médico.

 

O chamado “parto empelicado” acontece quando o recém-nascido sai da barriga da mãe ainda coberto pela bolsa amniótica e, especialistas explicam que é considerado muito raro – cerca de um parto a cada 80 mil acontece desta forma.

Segundo especialistas, o nascimento de um bebê empelicado é considerado raro no mundo da obstetrícia, já que o saco gestacional costuma estourar quando o bebê está prestes a nascer. Apesar disso, quando esta bolsa não se rompe, acontece o chamado parto empelicado, que não oferece risco para mãe ou para o bebê.

Pequeno Guilherme Auak nasce empelicado e médico faz cócegas na barriga dele para acordá-lo em maternidade de Anápolis Goiás — Foto: Arquivo Pessoal/Katia Sousa

Pequeno Guilherme Auak nasce empelicado e médico faz cócegas na barriga dele para acordá-lo em maternidade de Anápolis Goiás — Foto: Arquivo Pessoal/Katia Sousa.

 

O médico que atua como obstera há 20 anos ainda explicou que retirar o bebê sem danificar a bolsa amniniótica ou “perfurar a membrana” antes do parto não tem diferença para a saúde do bebê e que a diferença entre os dois é apenas a técnica utilizada. Independente da ténica, Rafael explica que a emoção é sempre grande após a realização de um parto.

“No começo preciso pensar muito na técnica para fazer o parto, mas quando o bebe nasce vem a emoção, a gratidão e a sensação de dever cumprido”, disse o médico.

“A gente ficou admirado depois de saber como é raro, o nascimento por si só já é uma coisa perfeita de Deus e ainda Deus mandou ele assim pra gente. Foi minha última gestação, eu falei ‘vai vir com um mimo a mais de Deus’ e realmente, Deus quis mandar um ‘mimo’ pra gente”, disse a mãe.

Nascimento empelicado

 

Pequeno Guilherme Auak nasce empelicado e médico faz cócegas na barriga dele para acordá-lo em maternidade de Anápolis Goiás — Foto: Arquivo Pessoal/Katia Sousa

Pequeno Guilherme Auak nasce empelicado e médico faz cócegas na barriga dele para acordá-lo em maternidade de Anápolis Goiás — Foto: Arquivo Pessoal/Katia Sousa

Guilherme veio ao mundo no dia 24 deste mês. Mãe de outros três filhos, a dona de casa diz que é “a última gestação” porque fez uma laqueadura. Ao g1, ainda muito encantada com o parto, Katia disse que apenas o pequeno Guilherme nasceu empelicado.

“A gente ficou muito feliz. Já estávamos felizes com a chegada dele, ainda assim como ele chegou. ‘Chegou chegando’”, brincou.

 

As imagens também mostram a equipe no centro cirúrgico comentando a chegada do pequeno e surpresa por ser um parto empelicado. Quando revê o vídeo, a mãe do menino também se emociona.

“Quando a gente vê vídeo, dá vontade de ver cada vez mais. É algo muito interessante, muito lindo, é perfeito. Só tenho que agradecer a Deus e aos médicos”, falou Katia.

G-1 GO

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