Uma aeronave Beechcraft Baron 58, apreendida em 2019 por transportar 500 kg de cocaína, foi transformada em UTI móvel do Corpo de Bombeiros Militar (CMB), em Goiás. A instituição vai utilizar o avião para o transporte de pacientes de risco, no âmbito do programa UTI Aérea do CBM.
Em uma das maiores apreensões da droga da história de Goiás, o avião foi preso assim que descarregou no município de Edéia, região Sul do Estado, em novembro de 2019. A ação fez parte da Operação Puro Sangue, que desmantelou uma organização criminosa dedicada ao tráfico aéreo de drogas.
A doação foi promovida pela Vara de Feitos Relativos à Organizações Criminosas e Lavagem de Dinheiro do Poder Judiciário goiano. Segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO), o objetivo é desestruturar o crime organizado e reverter o patrimônio constituído criminosamente a um bem do Estado.
Na operação, também foram apreendidos R$ 600 mil em dinheiro, carros de luxo, armas de fogo e uma grande quantidade de drogas, avaliada em R$ 175 milhões.
Relembre o caso
Durante a interceptação do Baron 58, foram presos sete integrantes da quadrilha, dentre os quais uma boliviana que, juntamente com o marido, chefiava o grupo criminoso, além de dois pilotos. O avião carregado com as drogas saiu de Rio Verde e pousou em Edeia, onde o entorpecente foi colocado numa caminhonete Hillux e seguiria para Belo Horizonte.
Além da Baron 58, outra aeronave utilizada pela organização criminosa foi apreendida.
Também foram apreendidos oito veículos: uma caminhonete Ford Ranger, uma Hillux, uma Discovery, Fiat Strada e um Fiat Toro; além de duas motocicletas BMW 1200 e uma Yamaha. As duas aeronaves são avaliadas em aproximadamente R$ 600 mil e a cocaína seria comercializada por até R$ 140 milhões de reais.
A aeronave foi apreendida pela Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos da Polícia Civil de Goiás (Denarc), e posteriormente, doada ao Corpo de Bombeiros Militar.
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