A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal aprovou projeto de lei que trata do incentivo às pesquisas com maconha medicinal, na última quarta-feira (25). A matéria deve ser encaminhada para o plenário e passar por duas votações.
O projeto, de autoria do vereador Lucas Kitão (PSD), é complementar de outro projeto já aprovado e sancionado pela prefeitura, que prevê a regulamentação da distribuição de medicamentos à base de cannabis medicinal em Goiânia.
O parlamentar argumenta que o objetivo é incentivar a realização de pesquisas científicas que garantam suporte institucional e orientem associações sem fins lucrativos, universidades e familiares de pacientes que necessitam de tratamento à base canabidiol (CDB) e ou tetrahidrocanabidiol (THC).
Outros projetos
O vereador argumenta que as medidas podem levar Goiânia à vanguarda medicinal e facilitar acesso do medicamento às famílias. “Da série de três medidas à favor da cannabis medicinal só falta uma [que incentiva as pesquisas]. Com isso, poderemos colocar Goiânia na vanguarda dos tratamentos com a maconha e inovações científicas na área”, avalia.
“É o terceiro projeto desse movimento para conscientizar as pessoas e instituir no poder público e uma forma de popularizar o tratamento. Com isso, poderemos ter convênio da Universidade Federal de Goiás com a prefeitura, por exemplo, até porque a instituição tem um centro de pesquisa muito avançado. Queremos somar as pesquisas já feitas com o que precisamos nos órgãos de saúde, unidades de saúde e nas ruas”, argumenta.
Em março deste ano, o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) sancionou lei que inclui a data 27 de novembro como o Dia Municipal da Cannabis Terapêutica no Calendário de Eventos de Goiânia. Ela se somou a outro projeto, promulgado pelo presidente da casa, Romário Policarpo (Patriota), que estabeleceu a política pública e distribuição de maconha medicinal na capital.
Pacientes
Segundo cálculos da Associação Goiana de Apoio e Pesquisa à Cannabis Medicinal (Agape). a maconha terapeutica pode beneficiar 300 mil pacientes de diversas doenças em Goiás. Levantamento da Associação Brasileira das Indústrias de Canabinoides (BRCann) mostra o Estado é o quarto do país que mais utiliza a planta com essa finalidade.
Edurdo Pinheiro- Mais Goiás
