Policial
GRUPO É PRESO SUSPEITO DE ACESSAR SISTEMA DO TJ, ASSINAR DOCUMENTOS COMO JUÍZES E PRATICAR FRAUDES MILIONÁRIAS
Um grupo foi preso, nesta sexta-feira (18), suspeito de acessar o sistema do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), assinar documentos como juízes e praticar fraudes que geraram prejuízos de cerca de R$ 31 milhões. De acordo com a Polícia Civil, pelo menos 12 pessoas foram presas em 6 cidades da Grande Goiânia. Entre elas, quatro advogados.
Como a identidade dos suspeitos não foi divulgada, o g1 não conseguiu contatar as defesas deles para um posicionamento sobre o caso até a última atualização desta reportagem. Já o Tribunal de Justiça de Goiás informou que a operação realizada “é resultado de investigação levada a efeito após a troca de informações entre a Divisão de Inteligência Institucional do próprio TJGO, que conta com equipe da Polícia Civil no desenvolvimento de suas atividades”.
“Uma das razões para a descoberta do artifício usado pelos criminosos foi, justamente, a segurança dos sistemas do tribunal, que facilitou a identificação das irregularidades e a identificação dos envolvidos”, disse.
A polícia explicou que, nos crimes, o grupo falsificava alvarás judidicias para levantamentos de valores, ou seja, documentos que permitem que as pessoas saquem os dinheiros que estejam dentro de contas judiciais.
Assim, ainda segundo a Polícia Civil, o crime acontecia da seguinte forma: os quatro advogados que faziam parte do grupo cediam acesso ao sistema do Tribunal de Justiça e assinavam os documentos como se fossem juízes. A partir disso, os demais integrantes do grupo pegavam os documentos e sacavam dinheiro que encontravam depositados nas contas judiciais.
As prisões e o cumprimento de 27 mandados de busca e apreensão aconteceram em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Trindade, Piracanjuba e Brazabrantes. Entre os itens apreendidos, o delegado William Bretz cita computadores e celulares dos suspeitos.
Já entre os locais que foram realizados essas apreensões, estiveram endereços relacionados a esses investigados, como uma empresa em que um dos suspeitos utilizou a rede de internet para acessar o sistema do tribunal.
Fonte: G1