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Familiares de presos denunciam tortura em presídio de Formosa após morte de detento

Causa da morte informada para a família é rompimento de úlcera, mas parentes reclamam que nunca souberam da doença e que só foram informados depois da morte. Uma carta, que teria sido escrita por presos, relata as agressões

Familiares de presos que cumprem pena no presídio estadual de Formosa denunciam torturas. Não é a primeira vez que casos como os relatados são divulgados, mas a morte de um detento no dia 16 de julho deste ano colocou, especialmente, mães e esposas em alerta. Uma carta que teria sido escrita pelos apenados detalha as agressões e ainda informa que o preso morto apanhou até ser levado para o hospital, onde morreu.

As denúncias dos familiares relatam que os presos desta unidade recebem alimentação e itens de higiene, cobertores, roupas, entre outros objetos e que todos são recolhidos e não devolvidos. A mãe de um dos presos disse que chegou a comprar um bebedouro de água para o filho, orientado por um servidor da unidade, mas que ele sequer chegou a receber o equipamento. “Até a água que eles bebem é de péssima qualidade. Não tenho ideia do que fizeram com o filtro.”

A mãe de outro preso que também está na unidade diz que desde o início da pandemia diz que os contatos e acessos às informações e aos próprios presos piorou bastante. “Eu visito meu filho no parlatório. Há um mês, mais ou menos, os policiais trouxeram ele e ele ficou distante. Tem um vidro e a gente nem chega perto. Dessa vez, ele nem falou nada. Eu que ele tinha hematomas no rosto, nas mãos. Ele não disse nada, mas os olhos dele me mostravam que ele pedia socorro”, disse.

O Popular

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