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Pesquisador analisa meteorito que caiu em casa de Portelândia e afirma que conseguir amostra é raro: ‘foi uma mega-sena’

esquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Federal de Jataí (UFJ) analisaram o meteorito que caiu em uma casa na zona rural de Portelândia, no sudoeste de Goiás, e afirmaram que conseguir a amostra é um acontecimento raro.
‘A chance de cair na terra é muito pequena, menor ainda de atingir uma casa. Foi uma mega-sena que a gente conseguiu’, diz pesquisador da UFJ, Maurício Bolzan.
Os donos da fazenda, Andrea Borges e Josemar Rodrigues, contam que se assustaram com o barulho no dia em que o meteorito caiu sobre a casa deles. A pedra deixou parte do telhado quebrado e até uma marca no piso da cozinha, por sorte, ninguém se feriu.
“O barulho foi semelhante ao de um drone. Eu fiquei olhando, procurando, foi quando ouvi o barulho dentro de casa”, conta Andrea.
“Associei que poderia ser a explosão de uma panela, escutei vários estilhaços. Eu já levantei, vim para a cozinha e me deparei com as pedras e com o forro já quebrado”, disse Josemar.
Pesquisa
Thiago Lima, técnico do Laboratório de Física da Universidade Federal de Jataí , explica que todas as evidências confirmam que a pedra é um meteorito e que é impossível simular o processo que ele passou na atmosfera.
“Desde o choque, o estrago que foi feito no telhado, no chão. A forma com que a rocha se apresenta, ela tem um lado interior mais, claro, exterior mais escuro, significa que ela passou por um processo na atmosfera”, disse.
Três pesquisadoras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) vieram para Goiás e foram até a cidade para analisar a pedra e seus impactos. A física, Amanda Tosi, conta que a pedra vai freando até chegar na terra, depois explode a cerca de 10km de altitude.
“Vários fragmentos caem. Dias depois, os moradores podem encontrar fragmentos que não são como as rochas da região”, explica a pesquisadora.
O dono da fazenda, Josemar, ainda conta que, depois da queda do meteorito, pessoas o procuram para comprar fragmentos e até os itens da casa dele.
“Pessoal quer comprar o telhado, quer comprar o forro, querem comprar até cerâmica que estragou”, disse Josemar.
Fonte: G1

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