Agropecuária

Milho quebra forte no Paraná

Quando comparada à temporada 2019/20, a queda chega a ser de 50%

O Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná reduziu nesta quinta-feira, 29 de Julho, suaa estimativa de produção da segunda safra de milho de 9,821 milhões de toneladas projetadas em junho para 6,110 milhões de toneladas. A quebra na safrinha, destaca a Consultoria AgResource Brasil, vai chegar a 37,7%.

Quando é comparada à temporada 2019/20, quando foram produzidas 12,170 milhões de toneladas, a queda chega a ser de 50%. A AgResource aponta que, quando comparado com a estimativa inicial, de 14,6 milhões de toneladas, a redução é ainda maior, de 58%. A Deral-PR também cortou a projeção de produtividade de 4.020 quilos por hectare em junho para 2.827 quilos por hectare.

“A perda nesta safra é a maior da história e atingiu 8,4 milhões de toneladas, que é equivalente a aproximadamente três primeiras safras de milho, que tem uma produção normal em torno de 3 milhões de toneladas”, disse o Departamento de Economia Rural em boletim. Os prejuízos estimados, considerando os preços médios de 2021, são de aproximadamente R$ 11,3 bilhões.

Segundo a Consultoria, “essa quebra expressiva aconteceu primeiro por conta da estiagem entre abril e maio, aparecimento de pragas nas lavouras e mais recentemente pelas geadas no fim de junho e segunda metade de julho. Como consequência da redução da oferta de milho, os preços do cereal seguem altos no estado”.

O Deral informa que o valor recebido pelo produtor chegou a R$ 92,04 a saca de 60 quilos, uma alta de 17% quando comparado ao fechamento do mês de junho e de 124% em relação ao fechamento de julho de 2020: “Não é possível dizer que faltará milho no mercado brasileiro como um todo, entretanto é crível especular que haverá uma redução significativa das exportações brasileiras. Assim como é provável que teremos as maiores importações de milho da história brasileira. No Paraná deve entrar via terrestre dos países vizinhos (Paraguai/Argentina) e via porto também, como já está acontecendo”.

Por: AgrolinkLeonardo Gottems

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