Empresário da 44 queima R$ 1 milhão em cheques sem fundo e expõe prejuízo no comércio
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O lojista, que atua há 15 anos no polo comercial, desabafou sobre o prejuízo acumulado devido à inadimplência dos clientes ao longo dos anos. “Queimando R$ 1 milhão de prejuízo em 15 anos de 44”, disse ele na gravação. “O povo fala que a gente ganha dinheiro demais, mas tá aí. R$ 1 milhão em cheques de prejuízo. Aí, quem acha que a gente deve quer bater na gente, matar, porque a gente não paga.” O caso gerou repercussão entre comerciantes da região e reacendeu o debate sobre os desafios financeiros enfrentados por lojistas que trabalham com vendas a prazo. A Associação Empresarial da Região da 44 (AER44) foi procurada para comentar o caso e identificar o empresário, mas não se manifestou.
Enquanto isso, a inadimplência também tem levado a medidas judiciais mais rígidas contra devedores em todo o país. Em Campinas (SP), uma mulher teve seus cartões de crédito bloqueados e a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa devido a um cheque sem fundo emitido em 2009. A dívida, que inicialmente era de R$ 850, cresceu para R$ 9,3 mil devido a juros e custas processuais. A decisão foi tomada pela juíza Viviani Dourado Berton Chaves, da 3ª Vara do Foro Regional de Vila Mimosa, após várias tentativas de cobrança, incluindo uma intimação em 2010 e um acordo firmado em 2022, que não foi cumprido integralmente. Sem encontrar bens para penhora, a magistrada determinou as chamadas “medidas atípicas”, previstas no Código de Processo Civil, para pressionar o pagamento.
O bloqueio dos cartões de crédito da devedora foi realizado em agosto de 2024, e a suspensão da CNH ocorreu em janeiro de 2025. O caso reforça o uso cada vez mais frequente dessas medidas como forma de garantir a quitação de dívidas antigas. Enquanto empresários sofrem com a inadimplência e recorrem a desabafos públicos, devedores enfrentam sanções judiciais severas para regularizar suas pendências financeiras.