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PM é condenado a 111 anos de prisão por matar a mulher é a enteada de 3 anos em RIO VERDE

O policial militar Rafael Martins Mendonça foi condenado a 111 anos de prisão por matar a tiros a esposa, Elaine Barbosa de Sousa, de 28 anos, e a enteada Ágatha Maria, de 3 anos. O crime ocorreu em dezembro de 2022, em Rio Verde, na região sudoeste do estado. A informação foi confirmada pelo advogado Victor Hugo Rocha, que defende a família das vítimas.

O POPULAR entrou em contato com a defesa do PM após a finalização do júri. O advogado, Lázaro Tertuliano Neto, adiantou que deve recorrer da sentença e se pronunciar depois de reunião com os familiares de Rafael.

Rafael Martins Mendonça foi condenado por feminicídio duplamente qualificado e uma tentativa de homicídio, segundo o advogado. Ele foi levado a júri popular na terça-feira (28), onde foram ouvidas 13 testemunhas, incluindo a enteada que sobreviveu a tentativa de homicídio

PM acusado de matar esposa e enteada em Rio Verde enfrenta júri popular.

O advogado Victor Hugo Rocha defende o pai de Ágatha Maria e Sara Shanshaine, filhas de Elaine. Sara também foi baleada, mas sobreviveu. Segundo ele, assim que o júri finalizou, o juiz ordenou a saída de Rafael do presídio militar e o encaminhou para a Casa de Prisão Provisória de Rio Verde.

Durante o julgamento foram ouvidas 13 testemunhas, incluindo a enteada que sobreviveu a tentativa de homicídio.

Rafael deu ao menos 20 tiros dentro da casa e precisou, inclusive, recarregar a arma usada, de acordo com a polícia. Além dos 17 tiros que atingiram Elaine (oito tiros), Ágatha (seis tiros) e Sara (três tiros), foram encontrados sinais de disparos de arma de fogo no chão da cozinha e no sofá.

*Entenda o caso*

No dia 14 de dezembro de 2022, o policial militar Rafael Martins Mendonça foi preso por matar a tiros a esposa e a enteada de 3 anos, em Rio Verde. Ele também atirou contra a outra enteada, que na época tinha 5 anos, foi socorrida e sobreviveu.

Após os assassinatos, Rafael Martins ameaçou cometer suicídio. Um amigo do suspeito, também policial, conseguiu impedir que Rafael se matasse. De acordo com o registro da ocorrência, o amigo estava na academia com a esposa quando recebeu uma ligação do militar que afirmava ter feito “merda” e que iria se matar.

O delegado do caso afirmou que o PM, na versão dele, disse que foi motivado por provocações de Elaine, o que o fez “perder a paciência, pegar a arma e fazer isso”, descreveu o investigador. As investigações apontam que Elaine teria se ajoelhado antes de ser morta, pedindo para que o suspeito poupasse as crianças.

No inquérito policial encaminhado ao Judiciário ao qual o POPULAR teve acesso na época, é relatado por testemunhas queixas de Elaine em relação a agressões e ameaças feitas por Rafael. A vítima também dizia ter vontade de ir embora de casa junto com as filhas, mas que sempre que a discussão com o suspeito chegava neste ponto ele passava a chantageá-la falando em se matar.”

Fonte: O Popular

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