Goiás ganha Dia Estadual da Pamonha; conheça a origem do quitute
O Dia Estadual da Pamonha se tornou realidade em Goiás. Isso porque o Governador Ronaldo Caiado (UB) sancionou o projeto de lei que estabelece a celebração no dia 3 de fevereiro. A oficialização consta no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (12), por meio da criação da Lei Estadual 22.535.
O texto indica que na referida data, será realizado o Festival da Pamonha Goiana, em comemoração ao início da safra do milho. A iniciativa foi do deputado Gugu Nader (Agir).
De acordo com o parlamentar, pamonha é um dos símbolos da culinária goiana, juntamente com o pequi e o pit-dog. Para ele, o prato deixa de ser um quitute para compor a características culturais do Estado.
Origens da pamonha
Receita criada por povos indígenas e aperfeiçoada por africanos e portugueses, a pamonha, ou pamunã/pamunha (em tupi) é consumida em vários estados do Brasil. De acordo com estudo realizado na Universidade de Brasília (UnB), não há consenso sobre as origens geográficas do prato.
Estudiosos convergem sobre as herança indígena da pamonha, mas divergem sobre a origem do prato é atualmente conhecido: enquanto alguns consideram que é um prato típico de Goiás, outros indicam que pode ter surgido em Minas Gerais ou em São paulo.
Para o jornalista Caloca Fernandes, por exemplo, a pamonha feita em Goiás é de origem indígena. “A palavra vem do tupi, pamunha, e até hoje é um quitute saboreado quase que em todas as regiões brasileiras. Em Goiás, a pamonha recebe um verdadeiro culto”, escreveu em “Viagem gastronômica através do Brasil”, publicação de 2004.