A Polícia Civil do Distrito Federal pode ter dado um passo importante para descobrir o que aconteceu com oito pessoas de uma mesma família que desapareceram no final da semana passada. Na manhã desta terça-feira (17), um homem que é colega de trabalho de um dos desaparecidos, e que tem queimaduras recentes nos braços e mãos, foi preso e encaminhado à delegacia.
G.D.B., de 55 anos, foi detido pela manhã no Bairro Recanto das Emas, em Brasília, por agentes da 6ª Delegacia de Polícia Civil do DF. Chamou a atenção dos agentes o fato do suspeito estar com queimaduras profundas. Para os policiais, ele afirmou ter se queimado no último final de semana ao tentar colocar fogo em alguns cachorros em uma chácara.
O suspeito, segundo a polícia, trabalha com um dos desaparecidos, Marcos Antônio Lopes de Oliveira, de 54 anos. Marcos sumiu na noite de quinta-feira (12), mesmo dia em que também desapareceram sua esposa Renata Juliene Belchior de 52 anos, seus filhos Gabriela Belchior de Oliveira, de 25 anos, Thiago Gabriel Belchior, de 30 anos, sua nora Elizamar da Silva, de 39 anos, e seus netos Rafael e Rafaela da Silva, de seis anos, que são gêmeos, e Gabriela, de sete anos.
Carros encontrados queimados são idênticos aos dos desaparecidos
No domingo (15), um carro idêntico ao de Elizamar foi encontrado incendiado, com quatro corpos carbonizados dentro, na GO-436, em Cristalina, Goiás. Os corpos já estão em Goiânia, mas só serão identificados após a realização do exame de D.N.A..
Outro veículo, do mesmo modelo que tem os pais de Thiago Gabriel, também foi encontrado carbonizado, com dois corpos dentro, na madrugada de segunda-feira (16), em Unaí, Minas Gerais. Estes corpos também precisarão da realização de exames de D.N.A. para serem identificados. Ainda que os corpos que estavam nos carros sejam do casal, e de Elizamar e dos três filhos, falta à polícia descobrir onde estão os irmãos Thiago Gabriel e Gabriela Belchior.
A Polícia Civil do DF ainda não se pronunciou sobre a prisão do suspeito ocorrida hoje pela manhã. Policiais civis de Goiás e de Minas Gerais também trabalham em parceria com os colegas de Brasília para tentar solucionar o caso.
Aulus Rincon Mais Goiás