Produção de arroz e feijão deve crescer em Goiás ante tendência de queda no país
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontou que a produção total de arroz em Goiás deve saltar de 85,5 mil toneladas da safra 21/22 para 96,8 mil na safra seguinte. O volume corresponde a um aumento de 13,2% e vai à contramão do Brasil, cuja previsão é de queda na produção de 10,8 milhões de toneladas no ciclo passado para 10,3 milhões na presente safra – decréscimo de 4%.
Embora a área de arroz plantada no Estado tenha diminuído, passando de 18,9 mil hectares para 18,3 mil, o aumento na produção está ligado à produtividade das lavouras goianas. A produtividade deve aumentar 17% segundo a Seapa, passando de 4,5 para 5,3 mil quilos por hectare.
Em termos de produção de arroz, Goiás apresenta um aumento tanto no cultivo irrigado quanto de sequeiro. A safra de arroz irrigado no Estado deve aumentar de 78,3 mil toneladas para 88,4 mil (12%), com a produtividade crescendo de 4,9 mil quilos por hectare para 5,8 mil (17,3%). A produção de arroz sequeiro vai de 7,2 mil toneladas para 8,4 mil (16,7%), com 2,8 mil quilos por hectare.
Feijão
A colheita de feijão no Estado também deve ser favorável, segundo previsão da Conab, outra vez diferente do que se espera para a safra nacional.
Em três safras, Goiás deve produzir 290,1 mil toneladas de feijão no período 22/23, um aumento de 2,9% a mais que na safra anterior. O principal ponto de destaque é o aumento da produtividade do feijão da segunda safra, que deve crescer 70,3% saltando de 715 quilos para 1,2 mil quilos por hectare. Com isso, a produção total deve saltar de 11,9 mil toneladas para 20,3 mil – aumento de 70,6%.
“Enquanto observamos a diminuição da área plantada, tanto de arroz quanto de feijão no País, temos Goiás alcançando bons números de produção e produtividade, assegurando boa parte da segurança alimentar da nossa população”, avalia o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tiago Mendonça. “Temos que reconhecer o trabalho importante dos nossos produtores, que investem nessa produção, assim como da Embrapa e da Emater [Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária], que levam tecnologias que auxiliam nesse aumento”, complementa.
olhagoias- Por Giovanna Mendonça